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Notícia

Taxa de manutenção de hidrômetros não será mais cobrada a partir de janeiro

Vereador Rafael de Angeli reuniu-se com direção do DAAE em busca de esclarecimentos

Após polêmicas sobre aumento na conta de água, o vereador Rafael de Angeli (PSDB) encaminhou, em agosto deste ano, um requerimento ao Departamento Autônomo de Água e Esgoto (DAAE), solicitando esclarecimentos sobre a troca de hidrômetros. A fim de tirar dúvidas a respeito da resposta dada ao documento, o parlamentar se reuniu, nesta quinta-feira (05), com o superintendente interino, Marcos Isidoro, e com o engenheiro Alexandre Pierri, gerente de Controle de Perdas. “Enquanto legislador, preciso garantir a transparência sobre essas mudanças para a população”, destacou Angeli.


Novos hidrômetros

Sobre a possibilidade de erros na aferição, o vereador foi informado que os novos modelos de hidrômetros são aprovados pelo Inmetro, e duplamente testados com o acompanhamento do instituto, tanto pelo fabricante, quanto na bancada de testes do DAAE. Por isso, a imprecisão do dispositivo é quase nula. A variação que pode ocorrer na medição é aquela aceita pela norma, de 5% para mais ou para menos. “A marcação é mecânica, por isso, não ocorre sem a efetiva passagem da água”, afirmou Pierri.

Testes de precisão

A fim de discutir com embasamento prático, Rafael de Angeli já havia encaminhado algumas contas de cidadãos ao DAAE, que aumentaram significativamente após a troca dos dispositivos. O engenheiro separou os respectivos hidrômetros e realizou novamente o teste em cada um deles na bancada do departamento e na presença do vereador e sua equipe. Todos estavam com a marcação ineficiente, ou seja, aferiam menos consumo do que o real.


Motivo do aumento nas contas

Segundo Pierri, os hidrômetros antigos marcavam menos volume de água do que realmente era consumido nas residências. Assim, com a troca dos dispositivos por outros em perfeito funcionamento, a marcação começou a ser efetiva, isto é, os novos hidrômetros marcam o que realmente a família já vinha consumindo, mas não era constatado. “O consumo é o mesmo. O problema é que a aferição estava incorreta. A partir da instalação, o hidrômetro, por trabalhar continuamente, já começa a sofrer desgaste. Por isso, a legislação prevê a substituição, em no máximo, a cada cinco anos”, frisou o engenheiro. “O impacto foi grande, pois fazia muito tempo que não havia essa troca. Precisamos fazer isso regularmente para não ter tanta diferença para o cidadão”, completou. Sobre as contas que tiveram seu valor triplicado, a explicação se deu pelo fato das cobranças serem realizadas por faixas de consumo. Assim, se a pessoa “muda” de faixa, o aumento é ainda maior. Alguns hidrômetros tinham 99% de ineficiência, pois não eram trocados há mais de 15 anos. Por isso, várias contam até triplicaram de valor.


Análise de casos

Mesmo a margem de erro sendo baixa, o DAAE analisará todos os casos de contas de cidadãos que acreditarem estar pagando um valor acima do consumido em suas residências. “Basta a pessoa trazer a documentação, e nós verificaremos se há algum equívoco. Inclusive, faremos um novo teste nos hidrômetros, novo e antigo”, afirmou Isidoro.


Taxa de manutenção

O vereador também foi informado que a partir de janeiro a taxa de troca de hidrômetros não será mais cobrada na conta de água. Rafael de Angeli ficou satisfeito com os esclarecimentos. “Continuarei acompanhando este caso e levando transparência à sociedade. Todos precisam estar cientes do que acontece em nossa cidade, principalmente, se estivermos pagando mais por isso.”

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